Blefam com desprezo no gozo, notas suicidas são rasgadas. O chifre oco brinca de gastar palavras, pra avisar que ele não está ocupado nascendo, e sim, ocupado morrendo.
A página da tentação voa porta afora, então você procura e acha a si próprio em guerra. Vê rugir cascatas de penas, sente como nunca um gemido e descobre que é só mais um chorando.
Então não tema ao ouvir um som estranho ao ouvido. Tudo bem, mãe. Tô suspirando.
Uns ganham e outros perdem. Motivos particulares, pequenos ou não, podem ser vistos nos olhos dos que dizem aos que vão morrer: "que rastejem". Enquanto outros dizem: "não odeie nada, exceto o próprio ódio".
As palavras de desengano feito balas, os deuses apontados como alvos. Fizeram tudo de armas de brinquedo faiscantes da Cor-de-Cristo que brilham no escuro. É fácil de ver sem olhar muito de longe que nada é realmente muito sagrado.
Enquanto pastores pregam os males do destino professores ensinam que o saber espera e pode levá-lo a placas de cem dólares. A bondade se esconde atrás dos portões, mas de vez em quando, até o presidente dos Estados Unidos precisa ficar nu.
E mesmo que as regras da estrada tenham sido apresentadas, é só do jogo das pessoas que se tem que desviar. Tá tudo bem, mãe. Eu não consigo.
Cartazes publicitários querem convencê-lo de que você é o único que pode fazer o que nunca foi feito, vencer o que não foi vencido. Enquanto isso, a vida continua ao seu redor.
Você se perde e reaparece. Descobre, de repente, que não há nada a temer. Até que, sozinho e sem ninguém, ouve uma voz trêmula distante, obscura, que assusta aos seus ouvidos dormindo "alguém pensa que eles te pegaram".
Uma questão em seus nervos é acesa. No entanto, você sabe que não há nada que o satisfaça e que não faça desistir de manter em mente que, não é a ele, a ele, a eles, ou àquilo que você pertence.
Embora os mestres façam as regras para sábios e tolos, eu não tenho nada, mãe. Nada pra me incentivar.
Enquanto os que devem obedecer estritamente a autoridade não a respeitam de qualquer forma, desprezam seus empregos, seus destinos, falam invejosos dos que são livres. Cultivam flores para serem nada além que investimento.
Enquanto alguns, batizados em princípios aos laços da plataforma partidária, em clubes sociais para disfarçar os que não se enquadram e que podem criticar livremente, só nos dizem a quem idolatrar e então "Deus o abençoe".
Enquanto aquele que canta com a língua em fogo gargareja em corridas de ratos, dobrado disforme por alicates da sociedade, tomando o cuidado de não te trazer muito pra cima e sim para o buraco em que ele se encontra.
Mas, não zango nem culpo qualquer um que viva em um cofre. Tudo bem, mãe, se eu não conseguir agradá-lo.
Idosas olham e julgam pessoas em pares. Limitadas no sexo se atrevem a fingir uma falsa moral, insultar, encarar. Enquanto o dinheiro não fala, pragueja. Obscenidade, quem realmente se importa? Propaganda, é tudo falso.
Enquanto os que defendem o que não podem ver com um orgulho assassino e segurança, isso sopra na mente amargamente. E aos que pensam que uma morte honesta não lhes cairá naturalmente, "a vida às vezes tem de ser solitária".
Meus olhos se chocam com mausoléus estofados. Deuses falsos, eu desprezo. A mesquinhez, sob mão algemadas, eu chuto até acabar. Digo, tudo bem, eu já tive o bastante. O que mais você pode me mostrar?
E se os meus sonhos pudessem ser vistos, provavelmente me colocariam a cabeça na guilhotina. Mas tudo bem, mãe. É só a vida, e a vida simplesmente.
Um comentário:
tavas inspirado ein brioche grilo
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