quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Reflexões de Jhá

Criei um vínculo com o além da vida
Por via da arte, dou vida à morte
Ou melhor, deixo-a falar em mim
Viro porta-voz fantasmagórico de algo que faz parte de mim, mesmo sem nunca se manifestar sem um disfarce
É o que eu faço: disfarço a morte de vida com imaginação e movimento
Essa imaginação que não sabemos da onde vem,
Esse movimento que é feito de instantes e cujo término já é início de um outro ciclo
Dialetizo o mundo e me duplico ao infinito, gerando inúmeras imagens de partes de mim
E o que "jamais tem nome nem nunca terá", a palavra morta, ganha cor e vida num poema, música, desenho..
Mas pra quê tudo isso? Seria a busca por uma esperança para a vida na guerra? Ou apenas fluxo instantâneo de prazer querendo se materializar?
Talvez, gozo esfacelado pelo desejo de vida?
Só sei que enquanto sentir o vento da mudança, sinto também que não ando em círculos
E sigo, mesmo que às vezes me sinta à deriva
Já o velho que não se cansa de cansar, cansa da vida.. que também é morte que também é vida

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