quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Noite no quarto

Na dor
Há mor-
Temo.

Termo
Morte
Assus-
Assusta.

E eu
Que penso
E penso
Sinto de longe
Uma vontade de
Chorar.

Pois olho pelo quarto e
Cada vez mais claro
Meus olhos
Enxergam os monstros
Do armário
Aberto
Dessa
Parede onde projeto
Os castelos de algum
Século
Dessa
Janela que anuncia
O baile dos insetos menores
Que zombam baixinho
No meu ouvido

Nada que eu tenha visto...

Mas há dor
Pois choro demais
Se sei onde estás
Mas quem provará?

Na minha cabecinha
De doce menina
Bem comportada
Espetos e enxadas
Inchados insetos
Cavalgam pelas
Colinas do meu cérebro.

E eu sei,
Embora,
Nada que eu tenha visto...

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