Agora, com as letras nas mãos, pode acordar de novo. Pode dar significado aquilo que parecia apenas sons, apenas consoantes momentos seguidos de momentos, vãos.
A cada moldura que dava para cada palavra ganhava destaque o que não dizia, ganhava evidência o espaço entre as palavras. E deu a isto o nome de intersticio das palavras (a lembrar de um intestino quicá).
Mas o problema persitia - pra que isso de nascer e morrer, terminar e começar - partir e ficar? E de pensar e ser alimentava o ciclo, consumindo toda a vida, toda a vida que pulsa e sangra. E pulsando redigiu as letras, em um blog ou algo novo desse gênero de coisas. E concebeu o novo, como um feto universo, como um mega-portal.
E ele era o espaço, onde projetam-se letras, ele era o momento que nunca sabe-se o que vem, ele era a pergunta, ele era a web e sua infinitude, ele era uma criação conjunta, como um sonho que se compartilha. Ele era nós, ele era nem, mas renascia.
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